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Rússia reduzirá cotas de importação de carne suína e de frango

<p>Cortes devem chegar a 500 mil toneladas, segundo representante do país.</p>

Redação (18/11/2008) – As cotas de importação de carne suína e de frango da Rússia serão reduzidas em 500 mil toneladas no próximo ano, afirmou  o ministro da Agricultura, Alexey Gordeyev. Segundo ele, a decisão foi tomada porque a indústria doméstica de carne suína e de frango está se desenvolvendo rapidamente e, ainda assim, as importações estavam crescendo muito. "Teremos a redução da quota em 300 mil toneladas para aves e 200 mil para os suínos".

O governo está preparando um programa de mais de US$ 800 milhões extras por ano para financiar a agricultura no período de 2009 a 2012. Cerca de 20% desse montante será destinado à indústria de carne suína e de frango. A Rússia importa 28% dos suínos que consome. "Conseguimos repor essas quantidades com nossa própria produção", disse Gordeyev. O país está em conversações com os fornecedores americanos e deverá aprovar a redução a partir de 1º de dezembro.

Avaliação – A decisão do governo russo de reduzir as importações de carne suína e de aves deve ter pouco efeito no Brasil, segundo avaliação do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Para ele, "o Brasil tem reduzido a dependência do mercado russo nos últimos anos e temos diversificado mais o número de destinos da carne suína".

Já o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra, avaliou a redução das importações como "preocupante". "É sempre muito preocupante ouvir a notícia de que a Rússia irá reduzir sua participação nas importações de carne de frango", afirmou Turra.

Apesar do temor de uma redução das exportações para a Rússia, Turra lembra que o aumento da produção interna russa não está em um processo tão adiantado, nem é tão rápido como se imagina. "Com isso, temos tempo para nos programar e migrar parte do que vendemos hoje para os russos para outros mercados", disse Turra.