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Exportação

Russos sinalizam conceder ao Brasil cota específica para carne de frango

País pode ter cota de 200 mil toneladas. Atualmente, a cota total de importação de frango da Rússia é de 350 mil toneladas, sem definição geográfica.

A Rússia está disposta a conceder ao Brasil uma cota específica para importação de carne de frango, de acordo com Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Atualmente, a cota total de importação de frango da Rússia é de 350 mil toneladas, sem definição geográfica. Isto é, não há volume definido para cada origem do produto.

Até 2010, o sistema tinha definição geográfica. Da cota total de 2010, de 780 mil toneladas, 600 mil eram destinadas aos EUA, 144,3 mil toneladas à União Europeia e 35,7 mil toneladas a “outros países”, que incluía o Brasil.

Por se sentirem prejudicados, os exportadores brasileiros de frango vinham reivindicando o fim do sistema de cotas de importação da Rússia. “Temos defendido a redução de tarifas e o fim do regime de cotas”, disse Turra. Contudo, segundo o dirigente, a Rússia diz que o sistema é “inegociável, mas acena com cotas específicas”.

As negociações para uma cota específica para o Brasil ocorrem no momento em que a Rússia busca apoio de países exportadores à sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Esta semana, o principal negociador russo, Maxim Medvedkov, disse que o país vai reduzir de 350 mil para 250 mil toneladas sua cota global de importação de carne de frango em 2012. A cota para carne suína também deve cair, das atuais 472,2 mil toneladas para 320 mil toneladas. Em entrevista, o russo disse que as cotas vão mais “se não completamos logo nossa entrada na OMC”.

Mesmo com a queda na cota total de importação em 2012, Turra diz que o Brasil poderia obter um volume de 200 mil toneladas nas negociações com a Rússia. Capacidade de cumprir tal volume o país tem. No ano passado, quando estava incluído em “outros países”, o Brasil exportou quase 150 mil toneladas para a Rússia, segundo Turra. Um dos motivos para esse desempenho foram restrições russas ao frango dos EUA. A Rússia proibiu o uso de cloro na higienização das carcaças das frango, método usado pelos americanos.