Da Redação 25/06/2002 – A Sadia está em tratativas para entrar no mercado alemão por meio de um parceiro com canal de distribuição, marca e processo produtivo. O negócio seria semelhante à operação que o grupo brasileiro mantém com a britânica Sun Valley, que recebe carne de aves (frango e peru) pré-cozidas e pré-assadas e as vende grelhadas para supermercados.
Luiz Fernando Furlan, presidente do conselho de administração da Sadia, diz que a empresa pretende continuar com esse esquema, usando a marca do cliente ou do supermercado até ser um fornecedor permanente. “No longo prazo queremos construir a marca, o que é caro e demorado.” Furlan participou ontem do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2002, em Hamburgo.
A Sadia exporta US$ 200 milhões/ano para a União Européia (UE) e espera avançar quando for autorizada a exportação de carne suína. Furlan afirmou que “há um crescente movimento na França para aumentar o protecionismo agrícola”. A UE, disse, aumentou os subsídios à exportação de aves de 300 para 450 euros, a pedido do grupo Doux.
Outro obstáculo às exportações da Sadia é a exigência do aumento do teor de sal, de 1,2% para 1,8%, o que poderá reduzir a venda de carne de aves, por ser muito salgada. Isto afetará o Brasil e a Tailândia.