Em seu relatório trimestral sobre a indústria suinícola mundial, o Rabobank afirmou que a proibição russa para carne suína dos Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Austrália e Noruega está alterando rapidamente o cenário do mercado de suínos.
A equipe de pesquisa no Agronegócio e Alimentação da Rabobank diz que, mesmo com a pior epidemia do vírus da diarreia epidêmica dos suínos (PEDv) tendo ficado para trás, a indústria enfrenta um desafio ainda maior ante as sanções russas.
O Rabobank acredita que o Brasil, onde notou-se um aumento de 30% do quilo da carne, é o grande beneficiado com essa sanção. Ao mesmo tempo, a União Europeia tem visto seus preços caírem cerca de 9% sem nenhum sinal de recuperação. Mesmo levando em conta o impacto positivo no declínio dos preços alimentícios, o ano será decepcionante para a indústria suína da União Europeia.
“Como os mercados russos não abrirão de novo até julho do ano que vem, o problema do próximo ano pode ser o retorno da PEDv no inverno, retraindo o número de porcos em 2015”, diz o analista do Rabobank Albert Vernooij.
Em outros mercados, uma demanda chinesa deverá ajuda-los nos próximos trimestres. Com os preços da ração mais baixos em 2015 a produção chinesa espera o retorno dos lucros.
O mercado suinícola japonês está indo bem. O consumo da carne é estável, apesar de um aumento nas importações e altos preços que resultam na depreciação de sua moeda local, o Yen, ante o Dólar. Altos preços das proteínas também desempenham um papel fundamental nesse cenário.
Com informações do site WattAgNet.