Maior exportador de aves do mundo, o Brasil ainda pode dar um importante passo para e aumentar a diferença que ainda tem com os Estados Unidos nas exportações de carnes de aves e conquistar novos mercados. A afirmação é do ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. Segundo ele, o diferencial da avicultura brasileira será a segurança sanitária. “A sanidade será o passaporte da avicultura para o mundo”, disse ele, durante este sábado, na abertura da Anuga 2015, maior feira de bebidas e alimentação do mundo, que acontece em Colônia, na Alemanha.
Turra diz que devido aos surtos de gripe aviária na América do Norte, as vendas externas de aves daquele país já caíram 14% neste ano, enquanto no mesmo período as exportações brasileiras aumentaram 5%. “No início do ano, havíamos projetado um crescimento de 3% para o segmento de aves, no entanto, devemos encerrar o ano com um aumento de 5% a 6%”, afirma.
Para os países da Europa, as vendas brasileiras de carne de frango também aumentaram significativamente. Atualmente, os europeus compram 420 mil toneladas de carne de frango por ano. O principal corte é o peito (peito salgado, peito de peru e cortes marinados). Ricardo Santin, diretor da ABPA, conta que a Holanda é o principal importador e distribuidor, seguido da Alemanha e da Inglaterra. A Rússia, segundo ele, já absorve 46% da produção brasileira.
“Os mercados emergentes, como os países asiáticos e os países africanos são extremamente importantes e precisam ser conquistados, mas estar presente nos mercados tradicionais, como a Europa, e aumentar a participação junto a esses países é essencial”, afirmou Santin.
Em Anuga, a ABPA está chamando a atenção dos visitantes com a galeteria, a popular “televisão de cachorro”, e pratos elaborado por um chef de cozinha especialista em preparar pratos à base de carnes de aves. “O pessoal passa e sente de longe aquele cheirinho de frango assado. Eles ficam loucos”.