Redação SI (05/04/06)- A suspensão do embargo russo à carne do Rio Grande do Sul gerou a expectativa, em Santa Catarina, de que a medida seja estendida para os outros Estados já na próxima semana. Para o vice-presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivânio de Lorenzi, agora é a hora de uma atuação política mais efetiva, já que – segundo ele – não existem razões técnicas sanitárias para não comprar a carne brasileira. “Foi aberto um precedente que pode resolver esse problema”, disse.
A situação dos produtores catarinenses, de acordo com Lorenzi, está difícil. Os frigoríficos, que pagavam R$ 2,05 o quilo, baixaram o preço para R$ 1,50 no caso dos integrados. Os produtores independentes, que representam 10% do total no Estado
estão recebendo apenas R$ 1,30. “Como nós temos propriedades rurais onde existe basicamente a agricultura familiar, ainda é possível manter a atividade”, explicou.
Na Secretaria de Agricultura de Santa Catarina a expectativa é para a reunião que o primeiro-ministro russo Mikhail Fradkov terá na sede da Federação das Indústria de São Paulo (Fiesp) na próxima quinta-feira, quando deverá ter um encontro com representantes do setor. Uma das propostas a ser apresentada é, no caso da ocorrência de um surto de febre aftosa, o abate de todos os animais em um raio de três quilômetros e o monitoramento em um raio de 50 quilômetros.