Um reflexo positivo das sandices do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na política externa: o México está mais favorável a abrir o mercado para importação de carne brasileira. Em março, uma comitiva do governo federal terá reunião para negociar a questão.
Santa Catarina, mais uma vez, leva vantagem sobre outros estados em função de ser livre de febre aftosa sem vacinação. Essa condição já permitiu a entrada da carne suína catarinense em outros exigentes mercados, como o da Coreia do Sul.
Segundo Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), as negociações com o México já duram dois anos. O Brasil conseguiu entrar com a venda de aves no país por conta da gripe aviária nos Estados Unidos. Agora, pelo novo contexto político, os mexicanos estão mais favoráveis a comprar carne bovina e suína:
“Eles ainda vêm com certa ressalva a carne brasileira porque muitos Estados ainda vacinam contra a aftosa, apesar de não termos o vírus há algum tempo. Santa Catarina leva vantagem por ter erradicado a doença. Entrei em contato com a embaixada no México e há um clima propício, já que o México quer diminuir a dependência do mercado norte-americano por conta das apolíticas do Trump e do anúncio do muro”.
O México importa cerca de 1 milhão e 250 mil toneladas de suínos por ano. Os Estados Unidos são hoje os principais fornecedores do produto.