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SC prepara ida à Rússia

Comitê envia informações a Moscou sobre suinocultura.

Redação SI 09/01/2003 – O Ministério da Agricultura da Rússia solicitou ontem (8) à embaixada brasileira em Moscou informações sobre a situação concreta a respeito da doença de Aujesky.

O vírus, que contaminou o rebanho de suínos de Santa Catarina, provocou o embargo à importação da carne suína pela Rússia, suspensa desde a última semana de dezembro do ano passado.

Em fax enviado à ministra-conselheira Kátia Gilaberte, o primeiro vice-ministro da Agricultura da Rússia, Serguei A. Dankvert, solicita esclarecimentos sobre a doença “em Santa Catarina e em outros estados brasileiros onde ficam instalados matadouros que exportam produtos da suinocultura para a Federação da Rússia”.

De acordo com Dankvert, “infelizmente não temos (os russos) conseguido essa informação, não nos sendo possível, por isso, procedermos agora mesmo à consideração da questão da abolição das restrições sobre a importação dos produtos da suinocultura provenientes de Santa Catarina”.

O teor do documento deixou otimista o Comitê de Erradicação da Aujesky em Santa Catarina, formado, entre outros, pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne), Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Em reunião realizada ontem à tarde na Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, o comitê avaliou que o envio das informações solicitadas pelos russos vai provocar a retomada das exportações da carne suína catarinense a partir de fevereiro.

“Os russos se mostraram dispostos a conversar. Como a doença está controlada, há uma abertura muito grande para retormarmos as exportações”, disse o secretário da agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa.

Segundo ele, que participou da reunião do comitê, uma das decisões tomadas foi montar uma comitiva com empresários do setor de carne suína, representantes de cooperativas, além do secretário das Relações Internacionais e conselheiro do Itamarati, Roberto Colin, e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para integrarem o grupo que viaja para Moscou no próximo dia 20, com a missão de reverter a suspensão da compra de carne suína brasileira.

O prejuízo estimado pelo setor é de US$ 50 milhões mensais. De acordo com Sopelsa, até o próximo 17 serão abatidos cerca de 19 mil animais, totalizando o abate de 80 mil suínos.