Redação SI 30/06/2003 – Além de discutir o Circuito Pecuário Sul, a reunião do setor de defesa sanitária do Ministério da Agricultura, realizada na sexta, dia 27, em Xanxerê, no oeste catarinense, traçou as medidas para garantir o acordo com o governo russo e a missão, que deve chegar no Brasil no dia 6 ou 7 de julho, em relação à exportação de carne suína para a Rússia.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), Pedro Benur Bohrer, disse que os russos vão visitar os frigoríficos para avaliar se estão dentro dos padrões exigidos.
O secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, disse que é muito importante uma ação conjunta entre produtores, indústrias e governo para garantir a permanência do mercado russo, que foi conquistado com muito sacrifício.
Uma das medidas acertada entre ministério e agroindústrias é o abate em dias separados dos animais destinados à Rússia. Isso porque 10 municípios estão proibidos de exportar por 12 meses após o último foco de Aujeszky.
Além disso, alguns frigoríficos estão localizados dentro dos municípios proibidos e, por isso, o abate tem que ser feito separadamente. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, disse que espera uma melhora na remuneração ao produtor com a retomada das exportações e a redução dos plantéis.
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, José Adão Braun, disse que a produção nacional de suínos, que foi de 2,88 milhões de toneladas em 2002, deve cair entre 8% a 10% neste ano, em virtude da crise. Somente de matrizes foram abatidas 300 mil cabeças, numa perda de material genético.