Redação (03/12/2007)- Os preços do suíno vivo, que seguem em alta contínua desde maio deste ano, estão no maior patamar desde outubro de 2005, em termos nominais. O suporte vem da menor oferta de animal vivo em relação à demanda, principalmente nacional, que tem se ampliado. Quanto às exportações, os volumes embarcados de maior a outubro foram semelhantes aos do mesmo período do ano anterior. Vale notar que em outubro, vender carne suína no mercado interno, remunerou mais que exportações, relação que não era vista desde dezembro de 2004.
Apesar disso, a situação dos suinocultores não é a melhor dos últimos anos. O grande problema é a valorização dos grãos, especialmente do milho. Na região de Campinas (SP), por exemplo, esse insumo subiu cerca de 70% desde maio deste ano (período em que se iniciou a alta de preços do suíno). O farelo de soja, na mesma praça, valorizou cerca de 57%. Em igual período, o quilo do animal vivo subiu 50%.
O resultado desse cenário é que mesmo diante da elevação de preços do animal vivo, a situação do suinocultor piorou. Enquanto em maio deste ano o produtor adquiria, em média, 5,45 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno vivo, na média parcial de novembro, ele pode comprar apenas 4,97 quilos do milho, queda de 8,8% no poder de compra.
Quanto ao farelo de soja, a queda no poder de compra também foi significativa, de 8,24%. Na média parcial de novembro, com o preço de venda do quilo de animal vivo, o produtor pode comprar 3,56 quilos de farelo de soja, em maio, ele adquiria 3,88.
No mercado semanal, a busca por suíno vivo segue aquecida. Frigoríficos vêm acelerando a corrida na busca de animais para abate, o que contribuiu para sustentar o movimento de alta dos preços.