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Economia

Segundo semestre afeta agronegócio em Santa Catarina

No setor de carnes, o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ricardo Gouvêa, considera que o ano foi bom, principalmente para quem exporta.

Segundo semestre afeta agronegócio em Santa Catarina

Em 2015, o agronegócio começou o ano com notícias positivas, como a safra recorde de soja em Santa Catarina, com 1,9 milhão de toneladas, a conquista do Certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica e bons preços dos grãos em virtude da alta do dólar.

Só que a partir do segundo semestre, o clima atrapalhou, causando prejuízos de R$ 634 milhões, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado. Produtores de frutas e cebola foram os mais atingidos. Houve também aumento de custos, que atingiu principalmente o setor leiteiro.

No setor de carnes, o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ricardo Gouvêa, considera que o ano foi bom, principalmente para quem exporta. A exportação de frango cresceu 4,1% em volume e, no suíno, 4,9%. Além disso, o consumo de carne de frango vem aumento, chegando a 43 quilos per capita/ano e, no suíno, a 15 quilos per capita/ano.

Aposta na Coreia do Sul

Para 2016, o setor de carnes deve apostar na exportação. Tanto o presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, quando o diretor do Sindicane e Acav, Ricardo Gouvêa, entendem que o mercado interno terá perda de poder aquisitivo. Por isso, a estratégia e manter os clientes nacionais mas também buscar ampliar as exportações, que remuneram melhor em virtude da desvalorização do real. E a abertura da Coreia do Sul para a carne suína catarinense traz grande expectativa. O país asiático importa 400 mil toneladas ano. Para se ter uma ideia o Brasil deve exportar 550 mil toneladas neste ano.

Fetraf quer manter programas federais

Segundo o coordenador da Federação da Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Celso Ludwig, neste ano não faltou recurso para o setor. O plano safra destinou R$ 28,9 bilhões para financiamento da lavoura e investimentos. Cerca de 1,5 mil agricultures das regiões de Caçador e São Joaquim ainda aguardam o governo federal quitar os 60% de subsídio do seguro agrícola. A Fetraf espera que a União cumpra o prazo, em fevereiro de 2016.