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Setor dá show nas exportações

Além de abastecer a população com alimentos em qualidade e quantidade satisfatórias, o agronegócio brasileiro está trazendo dólares para o Brasil.

Da Redação 01/09/2003 – Segundo as últimas projeções, agropecuária do País terminará este ano com uma receita de US$ 27 bilhões em vendas externas e só US$ 4 bilhões gastos com importações. Empresas como a Sadia garantem com o comércio exterior quase metade do que faturam.

Além de abastecer a população com alimentos em qualidade e quantidade satisfatórias, o agronegócio brasileiro está trazendo dólares para o Brasil. As exportações de produtos agropecuários devem representar uma receita de US$ 27 bilhões neste ano, de acordo com projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A importação desses produtos, fazendo o caminho inverso, não deve chegar a US$ 4 bilhões. Fazendo as contas, o saldo positivo para o produtor rural brasileiro fica em US$ 23 bilhões. Não há nenhum outro setor na economia com resultados tão positivos.

Para Antônio Ernesto de Salvo, presidente da CNA, o Brasil está se sustentando com uma perna só: a da agropecuária. E eu nunca vi corredor de olimpíada ganhar pulando num pé só. O restante da economia urbana vai ter que reverter isso aí, afirma.

Entre os reis da produção rural, a soja, o açúcar e o frango se destacam. O grupo do paranaense Blairo Maggi, governador do Mato Grosso, movimenta 2,2 milhões de toneladas de soja ao ano, ou 5,3% da produção nacional. É o rei mundial de soja e disputa a primeira posição no ranking com seu primo, Eraí Maggi Scheffer, proprietário do grupo Bom Futuro.

Foi preciso muito engenho para Rubens Ometto, engenheiro formado pela Universidade de São Paulo (USP), transformar a Cosan no maior grupo produtor de açúcar e de álcool do mundo. Multiplicou por dez a Usina Costa Pinto, de Piracicaba, em São Paulo. Para tanto, travou três guerras societárias entre a família de origem italiana Ometto e vem comprando em série as usinas falidas no País, que não resistiram às turbulências geradas pela desregulamentação do setor. Com estilo agressivo, é maior exportador isolado de açúcar de cana do mundo, vendendo lá fora 1,2 milhão de toneladas de açúcar (11% da pauta de exportações).

A Sadia, hoje representada por seu diretor presidente, Walter Fontana Filho, é outro peso-pesado na exportação. Foi pelas mãos do seu principal executivo que se transformou em uma empresa mundial. Tanto que encerrou o primeiro semestre com um faturamento de R$ 2,7 bilhões, sendo que sua receita com exportações chegou a 45,4% desse total.