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Mercado Interno

Setor suinícola brasileiro está decepcionado

Suinocultores brasileiros se decepcionam com os resultados da missão à China.

A missão brasileira à China, liderada pelo presidente Lula, falhou. O mercado chinês não foi aberto para a carne suína brasileira. Apesar do intenso trabalho dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Relações Exteriores, a burocracia da Administração Geral de Quarentena, Supervisão e Inspeção (AQSIC) não foi vencida. O serviço veterinário chinês mantém as portas fechadas para o produto brasileiro.

Consegui-se um cronograma de etapas a serem cumpridas. Pouco, perto das qualidades da carne suína nacional. A notícia reforça os argumentos de quem defende que a suinocultura brasileira precisa privilegiar as vendas dentro do Brasil. Por esta razão, a tônica dos debates durante o 13° Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) será o mercado interno.

O evento será realizado de 01 a 03 de julho no Rafain Palace Hotel & Convention Center, em Foz do Iguaçu (PR). Ele é promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com a Associação Paranaense de Suinocultores (APS). “O brasileiro sempre responde positivamente ao apelo de nossa carne. Precisamos investir nisto”, afirma Rubens Valentini, Presidente da ABCS.

Para Valentini, a campanha “Um Novo Olhar sobre a Carne Suína” já atinge o consumidor brasileiro ao vender a carne suína como prática, saudável e em quantidades adequadas. “Mas queremos e precisamos de mais. Se cada brasileiro aumentar o consumo em apenas um quilo, precisaremos de 100 mil matrizes novas. Se for 3 quilos, teremos de produzir 540 mil toneladas a mais”, explica o presidente da associação.

Ele diz que a arrancada exportadora do Brasil desde o final da década de 90 traz muitas controvérsias. “De 1995 a 2001, crescemos pouco. De 2001 a 2005, houve um boom, com papel fundamental dos russos. No último período, de 2006 a 2008, estacionamos. Para complicar, o consumo relativo de suínos sobre todas as carnes caiu 50% desde 1970, saindo de 27% para apenas 14,8%. Temos que reativar esta questão. E nada melhor do que nosso seminário para isto”, conclamou.

A relação dos especialistas e das autoridades que vão debater a recuperação e os problemas da suinocultura brasileira, além da programação completa, já está pronta e pode ser conferida no site oficial do evento.

* Com informações da Assessoria de Imprensa do XIII SNDS