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Economia

Setor suinícola de Santa Catarina supera desafios de 2024 e projeta estabilidade para 2025

Setor suinícola de Santa Catarina supera desafios de 2024 e projeta estabilidade para 2025

Apesar de um início de 2024 marcado por prejuízos, o setor suinícola de Santa Catarina encerra o ano com recordes de exportação e perspectivas de estabilidade para 2025. Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), fez um balanço sobre os desafios e conquistas da suinocultura no estado, destacando os avanços em produtividade e a importância do planejamento para o próximo ano.

Dificuldades no início do ano

No primeiro trimestre de 2024, os custos de produção superaram os preços pagos aos suinocultores, gerando prejuízos significativos. Problemas como alta nos insumos, instabilidade econômica e preocupações sanitárias internacionais agravaram a situação. Contudo, ao longo do ano, o setor conseguiu se ajustar, permitindo a retomada gradual da rentabilidade.

O custo médio de produção variou entre R$ 5,90 e R$ 6,00 por quilo, enquanto o preço de venda chegou a R$ 7,30. Apesar de margens apertadas, cooperativas e indústrias, como a Aurora, garantiram maior estabilidade para os produtores.

Recordes de exportação em 2024

Santa Catarina reforçou sua posição como maior exportador de carne suína do Brasil, com 543.877 toneladas exportadas até outubro. No total, o Brasil exportou 978.337 toneladas, superando os números de 2023. O estado manteve-se competitivo graças ao seu status sanitário diferenciado e à qualidade de sua produção.

Entre os principais mercados internacionais, houve uma queda nas compras da China, mas o aumento das exportações para Filipinas, Japão, México, Chile e Singapura compensou essa redução.

Consumo interno em alta

No mercado doméstico, o consumo de carne suína continuou a crescer, impulsionado por campanhas de promoção que destacam seus benefícios nutricionais e custo competitivo. Isso reforça a importância de uma carne de alta qualidade como diferencial no mercado interno.

Competitividade e estratégias para 2025

Losivanio destacou que as crises recentes ensinaram a importância de investir em produtividade. Estratégias como a importação de milho de países vizinhos e melhorias na gestão interna das propriedades ajudaram a reduzir custos. A competitividade do estado é impulsionada por baixos custos, padrões sanitários elevados e mão de obra qualificada.

Para 2025, o setor deve focar na estabilidade e na manutenção da produtividade, sem grandes expansões no plantel. Lorenzi alerta que aumentar a produção sem garantia de retorno financeiro pode gerar novos prejuízos. A prioridade será a oferta de carne de qualidade superior, com diferenciais de sabor e valor nutricional.

“O que precisamos é manter a estabilidade e reduzir custos, sem perder o foco na qualidade e sanidade, que são os pilares da nossa competitividade”, concluiu Lorenzi.

Com esse planejamento, Santa Catarina continua a se consolidar como referência global na suinocultura, fortalecendo tanto a economia local quanto a nacional.

Fonte: Diregional