Nesta semana, a Bolsa de Suínos continuou a agradar os suinocultores. Mesmo que ainda não cubra os custos, a elevação dos preços semana a semana mantém as expectativas para o produtor. Em Minas Gerais, a bolsa teve preço acordado em R$4,00 (kg/suíno vivo) – um aumento de R$ 0,30 em relação. Já em São Paulo, a bolsa sinalizou R$ 4 a R$ 4,10, determinado R$ 75 a R$ 77/@.
São Paulo: Preço do suíno corre atrás do custo de produção
O preço do suíno vivo no Estado de São Paulo sofreu novos realinhamentos na segunda-feira (30/05) através da Bolsa de Comercialização de Suínos “Mezo Wolters”. Os novos patamares atingiram as cifras de R$ 75,00 a R$ 77,00/@, respectivamente R$ 4,00 a R$ 4,10/Kg vivo condições bolsa (posto frigorífico com pagamento em 21 dias). Entretanto, a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) observa “uma corrida desleal entre preço comercializado versus preço de custo de produção”, através do gráfico abaixo:
Entre 14 de abril e 30 de maio o reajuste no preço do suíno foi de 29,45% e do farelo de soja foi de 66,67%. “Se tivéssemos de corrigir o preço do suíno na mesma proporção, está semana deveríamos estar vendendo o suíno vivo em R$ 5,15/Kg = R$ 96,56/arroba. Resumo, apesar dos novos preços o suinocultor continua perdendo e perdendo muito”, observa Ferreira Júnior, presidente da APCS.
Minas Gerais: Melhora no preço ainda é menor que custo de produção
As boas notícias no setor suinícola nas principais praças do segmento tendem a se superar a cada semana. Em Minas Gerais, a bolsa foi fechada em R$ 4, um valor que, mesmo não cobrindo os custos, aumenta a esperança do produtor. Segundo o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), Antônio Ferraz, o aumento de R$0,30 corresponde a melhora já esperada para maio, porém ainda não tira o produtor do vermelho. “A cada semana as notícias estão melhorando. O aumento registrado ontem reduz os prejuízos, mas ainda não cobre o custo, que hoje, devido a alta constante dos insumos, está em R$ 4,50”, diz. Para Ferraz, nas próximas três semanas o valor de venda do quilo do animal permitirá deslumbrar melhores resultados no setor.
Sobre a importação de milho da Argentina, Ferraz confirmou a intenção, mas disse aguardar a chegada do insumo no Espírito Santo. “Eles irão receber a carga em julho, queremos esperar, porém agora em junho teremos uma nova reunião. De imediato ficamos felizes que o cenário está melhorando e esperamos resultados positivos nas próximas semanas”, enfatiza. Na semana passada, o animal foi cotado em R$ 3,70 sem total acordo. “Nesta semana a reunião foi tranquila com os frigoríficos e fechamos com acordo imediato”, concluí.