A soja foi a cultura que mais cresceu no Brasil em dez anos. No período de 1995 a 2006, a soja apresenta um aumento de 88,8% na produção e alcançou 40,7 milhões de toneladas, em 15,6 milhões de hectares, com um aumento de 69,3% na área colhida. Em termos absolutos, significa um aumento de 6,4 milhões de hectares. Grande parte desta área pertence à região Centro-Oeste.
A cultura da soja, principal produto agrícola na pauta de exportações brasileiras, foi cultivada em 215.977 estabelecimentos, gerando R$ 17,1 bilhões para a economia brasileira. Segundo o Censo Agropecuário 2006, o Mato Grosso foi o maior produtor nacional de soja, com 10,7 milhões de toneladas, o respondendo por 26,2% da produção brasileira em 2006.
A pesquisa mostra ainda que 46,4% dos estabelecimentos cultivam soja transgênica com o objetivo de diminuir os custos de produção. O produto foi semeado em 4 milhões de hectares.
Neste ano, o preço da soja vem em declínio no Paraná. De acordo com informações da economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Gilda Bozza, o valor médio da saca de 60 kg, em janeiro, no Paraná era de R$ 45,69 e em agosto o preço médio caiu para R$ 42,81. Segundo ela, os motivos que mais influenciaram foram a oferta/demanda e notícias climáticas nos Estados Unidos. A economista lembra que, no início do ano, os estoques estavam mais apertados.
Para ela, a cultura é a que mais cresce porque ainda dá alguma rentabilidade ao produtor. A tendência para os próximos meses é que o produto fique com o preço estável. No mercado futuro, na Bolsa de Chicago, a soja é cotada em US$ 20,47 para março de 2010 e em US$ 20,29 para maio.