Redação (04/12/2007)- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, garantiu que a produção de biocombustíveis não prejudicará a produção de alimentos no país, nesta segunda-feira (03), durante o encontro “Conversa com jornalistas”, na Superintendência Federal de Agricultura, em São Paulo. Ele explicou que a Floresta Amazônica ocupa mais de 42% do território nacional, ou 360 milhões de hectares, enquanto as culturas anuais abrangem apenas 6%, ou 50 milhões de hectares, e as áreas de pastagens chegam a 210 milhões de hectares.
“Para produzir açúcar e álcool, o país utiliza 6,5 milhões de hectares, área que pode chegar a 10 milhões de hectares, sem derrubar nenhuma árvore”, disse Stephanes. Ele lembrou que a Embrapa está elaborando o zoneamento para a cultura de cana-de-açúcar, para identificar áreas indicadas, não indicadas e aquelas restritivas ao cultivo, como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica.
Segundo o ministro, uma possível compatibilização de áreas de pastagens, onde um aumento de lotação bovina por hectare liberaria espaço para o cultivo da cana, que seria plantada, também, em áreas já degradadas, que somam mais de três milhões de hectares.
Reinhold Stephanes destacou o crescimento positivo do agronegócio brasileiro, cujas exportações evoluíram de US$ 19 bilhões, em 2000, para US$ 46 bilhões neste ano, com a liderança em setores como os de carnes, soja, açúcar e café. “Só as exportações de frango já cresceram mais de 20% este ano”, adiantou.
Os pesquisadores da Embrapa, Décio Luiz Gazzoni, e Frederico Duraes, participaram do encontro e falaram sobre produção de energia e alimentos e desenvolvimento e inovação em etanol.