Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Stephanes pede mais R$ 5 bilhões

<p>Ele estima que o valor seja necessário para manter uma política de sustentação de preços.</p>

Redação (18/12/2008)- O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem, em entrevista à Agência Brasil, que quer adotar um conjunto de medidas para apoiar a comercialização da safra 2008/09, estimada em 137 milhões de toneladas.

Ele estima que sejam necessários R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões para manter uma política de sustentação de preços, via aquisições e opções, num cenário de queda de preços internacionais das commodities. Cerca de R$ 3 bilhões já estão garantidos no Orçamento, segundo o ministro. "Agora, é evidente que se o tamanho do problema for maior do que aquele que estamos prevendo, o governo vai ter que atuar. (…) Se a gente tiver frustrações na comercialização nesta safra, vamos ter problemas na seguinte". 

Ele defendeu ainda a disponibilização de mais R$ 2 bilhões em capital de giro para as cooperativas e que seja permitida a elas utilizar créditos provenientes dos benefícios da Lei Kandir para pagamento de tributos. 

O ministro também quer a adoção de uma linha especial de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) para estimular as exportações. Admitiu ainda a possibilidade de revisão nos preços mínimos da safra de 2008/09, especialmente do milho, que teria ficado abaixo dos custos de produção. 

Ontem, representantes de 36 cooperativas agropecuárias e seis parlamentares se reuniram com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para avaliar os efeitos da crise financeira internacional no setor agropecuário. 

À Agência Brasil, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, disse que as cooperativas têm menos acesso ao crédito porque os bancos privados e tradings não querem emprestar. Segundo ele, o setor precisaria de R$ 12 bilhões no total, mas defendeu a liberação imediata de R$ 2 bilhões paras as cooperativas, para garantir a comercialização da safra. 

Os representantes das cooperativas também se queixaram da dificuldades de renovar crédito.