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Stephanes trata de relações comerciais do Brasil com Estados Unidos, Sudão e Rússia

<p>Tecnologia, exportações, importações e produtos de origem animal são os principais temas a serem debatidos.</p>

Redação (24/12/2008)-  As relações comerciais da agropecuária brasileira foram destaque na agenda do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, nesta sexta-feira (21), em São Paulo. Stephanes se reuniu com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Ed Schafer, e os ministros de Recursos Animais e Pesca do Sudão, Ismael Jalab, e da Agricultura da Rússia, Alexey Gordeev.

A análise de risco para exportação de carne suína in natura, proveniente de Santa Catarina, foi tratada com o secretário americano.  Ed Schafer acredita que essa análise de risco será concluída até o fim de janeiro de  2009. “Estamos nos preparando para mudança de administração e vamos enfatizar a importância do nosso relacionamento comercial com o Brasil”, ressaltou Schafer. Essa conclusão é importante para o acesso da carne suína brasileira ao mercado americano.

O ministro Reinhold Stephanes e os ministros de Recursos Animais e Pesca do Sudão, Ismael Jalab, assinaram Protocolo de Entendimento entre os dois ministérios nas áreas de segurança sanitária de produtos animais e outros assuntos de interesse mútuo. Ismael Jalab manifestou ainda interesse em estabelecer, com o Brasil, cooperação em tecnologia agropecuária e biocombustíveis e em receber investimentos brasileiros para desenvolvimento da agropecuária no Sudão.

Stephanes colocou a tecnologia do Brasil à disposição do país. “A África, no futuro, ajudará a suprir a necessidade de alimentos no mundo porque possui terra, clima favorável, água e recursos humanos. Falta apenas desenvolver tecnologia que o Brasil pode transferir e adaptá-las à realidade africana”, afirmou.

Os principais assuntos de Stephanes com o ministro da Agricultura da Rússia, Alexey Gordeev,foram fertilizantes e trigo. Foi evidenciada a necessidade brasileira de importar fertilizantes, já que a Rússia tem produção de 18 milhões de toneladas de fertilizantes por ano e utiliza apenas 12% no mercado interno. Já o Brasil, precisa importar 75% de fertilizantes para fins agrícolas. Hoje, as importações brasileiras são feitas por meio de trading. “O que mais nos interessa é conseguir um canal direto de importação com os fornecedores russos, já que esse mercado é muito concentrado e a maioria das importações é feitas por meio de trading”, ressaltou Stephanes.

O ministro russo demonstrou interesse em exportar trigo para o Brasil. Atualmente, o País tem compromisso com o Mercosul de importar trigo da Argentina, e o volume disponível não tem suprido a necessidade. Mas segundo o ministro Stephanes, isso depende de análise de risco a ser feita por técnicos brasileiros. Stephanes se comprometeu a criar um grupo de trabalho com a Rússia, na área de produção vegetal, semelhante ao que já existe na área veterinária para realizar essas análises.