O governo do Estado de São Paulo assinou ontem decreto que prevê financiamento agropecuário para o contrato de opção negociado na BM&FBovespa. A parceria com a bolsa prevê que o governo custeará 50% do prêmio nos contratos de opção de milho, soja, café e boi gordo. O teto da subvenção por produtor será de R$ 24 mil.
O governo estadual destinará inicialmente R$ 6 milhões para o pagamento por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista. A operação ficará a cargo do Banco do Brasil, que deve firmar convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que a iniciativa vai possibilitar que o produtor proteja o preço de sua safra na bolsa. “A parceria fará com que o produtor tenha mais uma oportunidade de aproveitar o cenário positivo para o agronegócio”, disse.
Já o governador Geraldo Alckmin lembrou a parceria estabelecida com a BM&FBovespa, em 2002, quando foi feita uma subvenção de prêmios para pequenos agricultores. “Agora renovamos essa parceria. Trata-se de um avanço na área”, afirmou Alckimin.
O secretário de Agricultura, João de Almeida Sampaio Filho, disse que a ideia surgiu durante conversas com representantes da BM&FBovespa. No mercado de opções negocia-se o direito de comprar ou de vender um ativo por um preço fixo em uma data futura. Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor.
Quando o produtor adquire o direito de exercer uma opção de venda, está se protegendo contra a queda do preço de sua safra. Ou seja, se o preço cair até o vencimento do contrato, ele pode optar pela venda pelo preço estipulado anteriormente. Agora, se o preço subir até o vencimento do contrato, o produtor entrega a mercadoria com a valorização.
Edemir Pinto ressaltou que as opções de produtos agropecuários registraram recorde na Bovespa em 2010, com 393.969 contratos negociados, bem acima dos 102.466 contratos de 2009.