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Exportação

Suíno à China

Exportador de carne suína espera abertura do mercado chinês. Pedro de Camargo Neto está otimista com visita de Dilma ao país.

Suíno à China

Em quatro anos, o Brasil poderá alcançar uma exportação de 200 mil toneladas de carne suína para a China, o maior produtor e consumidor desse item no mundo. A previsão é de Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), que embarcou ontem ao país para participar das reuniões com membros do governo da China sobre a abertura daquele mercado à carne suína brasileira.

Essas reuniões antecederão a visita da presidente Dilma Rousseff ao país, a partir do dia 11. A expectativa é que a presidente anuncie durante a visita a abertura do mercado chinês ao produto brasileiro.

Segundo Camargo Neto, o relatório da missão chinesa que veio ao Brasil inspecionar áreas de produção e fábricas, no fim do ano passado, é favorável, apesar de os chineses pedirem ajustes em temas como rastreabilidade.

De 26 estabelecimentos de carne suína que buscam habilitação para vender à China, a missão visitou 13. “Acho que podemos vender 30% a 50% do que a China importa”, afirmou o dirigente. Ele observou que os volumes importados pelos chineses flutuam muito. O país, que produz impressionantes 50 milhões de toneladas de carne suína por ano, importou 700 mil toneladas em 2008 e 350 mil no ano passado.

Para se ter uma ideia da importância do mercado chinês, em 2010, o Brasil exportou 540 mil toneladas para seus clientes.

A expectativa, conforme Camargo Neto, é que o número de unidades habilitadas a exportar carne suína à China, após a aprovação, cresça de forma gradativa, como ocorreu no caso do frango.

Ele disse que o setor ainda não foi notificado pela Federação Agrária Argentina que defende cotas para a carne suína brasileira entrar no país. “Perto das 300 mil toneladas que a Argentina produz, nossa exportação é uma gota d’água”, disse. Em 2010, o Brasil vendeu 35,3 mil toneladas aos argentinos, 23,8% mais que no ano anterior. “Eles têm o milho mais barato do mundo. Têm de aumentar a produtividade”, disparou.