Por e-mail, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produção e Exportação de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, que negocia com juntamente com o Ministério da Agricultura a liberação da carne suína brasileira no Japão, me mandou uma boa notícia agora manhã (10h05 em Tóquio).
“Díficil falar em prazos, porém certamente estamos muito a frente do que estavamos dois anos atrás. Aqui é tipo água mole em pedra dura, mas acredito que estamos resolvendo. Tenho voltado sempre um pouquinho mais otimista cada viagem, e tem sido muitas”, disse Pedro.
MERCADO FORTE
O maior mercado para as carnes suína e bovina, fechado para o Brasil hoje, é o do Japão. Eles importam cerca de US$ 6,3 bilhões, segundo estudo do Ministério da Agricultura.
FEBRE AFTOSA
Entre as carnes que exportamos, as mais prejudicadas por barreiras sanitárias são as vermelhas, os bovinos e os suínos, por conta da febre aftosa.
BARREIRA GLOBAL
“Ela não mata o animal, não pega em humanos, só emagrece o bicho, porque dá muita afta na boca do animal. O animal perde rendimento na produção de leite ou no ganho de peso. Mas esta doença boba virou barreira no mundo inteiro”, diz Célio Porto, Secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, que acompanha Pedro ao Japão.
PAGANDO O PATO
A febre aftosa tem acontecido raramente em bovinos, mas os suínos têm mais barreiras do que os bovinos. E o suíno é criado num sistema de confinamento total, do nascimento ao abate. O risco de transmissão da doença é mínimo.
SANTA CATARINA
“No Japão, a questão contra o Brasil é sanitária, é a febre aftosa. O que nós temos negociado por hora, como primeira etapa, é o reconhecimento do Estado de Santa Catarina como zona livre de aftosa sem vacinação”, diz Célio Porto.