Redação SI 14/02/2002 – Cláudio Martins, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), disse recentemente à imprensa brasileira que o suíno será o principal item da pauta de exportações de carne do País até 2005. Prematura ou não, a previsão do diretor já é justificada por alguns números da suinocultura nacional e mundial.
A carne suína é a hoje a mais produzida e consumida em todo o planeta. Somente em 2001, segundo dados preliminares do USDA, foram produzidas 83,2 milhões de toneladas de carne suína. As exportações brasileiras da carne saltaram de 63,8 milhões de toneladas em 1997, para 264,9 milhões em 2001. Num período de cinco anos os volumes embarcados praticamente quadruplicaram. Mas, perante as exportações brasileiras de carne de frango, o suíno ainda representa pouco mais de 20% do volume da primeira. Em 2001, o Brasil exportou 1,2 bilhão de toneladas de carne de frango.
Será que em cinco anos a carne suína conseguirá ultrapassar a marca da carne de frango nas exportações brasileiras, como prevê Martins? Ou seja: para passar a liderar as exportações de carnes em 2005, os embarques de suínos terão que crescer à razão de 60% ao ano. Parece uma meta difícil, mas não impossível.
Se levarmos em conta que o mercado mais promissor para a carne suína brasileira é o externo – como a Rússia e a China que tendem ao crescimento e a uma demanda mais ampla do produto -, e que os grandes produtores de suínos da união Européia encontram-se em vias de atingir a exaustão em termos de meio ambiente, essa meta poderá ser atingida. Talvez não até 2005, mas até o final desta década, sim.
*Síntese da análise publicada pelo Avisite.