Em uma granja em São Miguel do Iguaçu, a produtora Eliandra Borghezan já está mais animada. No mês passado, o sentimento era de desespero. Com o quilo da carne suína a R$ 1,80, R$ 0,70 abaixo do preço mínimo esperado pelo setor, muita gente teve prejuízo. Ela precisou vender 700 animais para diminuir os gastos e demitir dois funcionários. Só em junho, Eliandra perdeu R$ 64 mil com a crise.
Agora, com o quilo da carne a R$ 2,40, os suinocultores começam a ficar mais animados. “Já dá para respirar um pouco, conseguimos renegociar as dívidas com os bancos e esperamos que melhore ainda mais”.
Em outra propriedade onde são criados 20 mil animais, a situação também melhorou um pouco. O produtor Dionísio Mohler, que vende 2,5 mil porcos por mês para um frigorífico da região e mantém 25 empregados, ainda calcula o total das perdas. Em maio e junho, o prejuízo foi de R$ 400 mil.
Os produtores esperam agora que o preço da carne suína melhore ainda e alcance o preço de venda de R$ 2,90 a R$ 3 o quilo. Mesmo assim, eles precisarão de alguns meses para se recuperarem dos prejuízos.