Um dos compromissos da presidente Dilma Rousseff na China é negociar a abertura de mercado para a carne suína brasileira. Com isso, os 8 mil produtores de Santa Catarina, maior produtor de carne suína do Brasil, esperam sair da crise.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, o setor vem sofrendo desde 2005, quando a Rússia boicotou as exportações catarinenses. Questões de mercado que teriam sido impostas a Santa Catarina e a onda de febre aftosa, fizeram o país deixar de comprar carne suína do Estado.
O principal fornecedor de suínos à Rússia passou a ser o Rio Grande do Sul. Por isso, há dois anos consecutivos Santa Catarina está em segundo lugar no ranking de exportação, atrás dos gaúchos.
Com a menor demanda de exportação o preço caiu muito. Voltou a subir com a abertura de mercado para os Estados Unidos no fim do ano passado, mas caiu novamente após as festas de fim de ano. No mercado independente, o valor que era de R$ 3,20 para o suíno vivo em dezembro do ano passado passou a R$ 2,40. Na produção industrial a queda foi de R$ 2,60 para R$ 2,20.
Nem mesmo a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), anunciada pelo governo estadual em janeiro deste ano para estimular o segmento, salvou os produtores da crise. Segundo Lorenzi, outros estados como Paraná, Minas Gerias, Rio Grande do Sul e São Paulo também contam com o benefício.
“A abertura do mercado chinês chegou a ser cogitada no ano passado, mas não houve conclusão. Se isso realmente acontecer é uma oportunidade de sairmos da crise, porque a China tem grande demanda de carne suína”, explica o presidente da ACCS.