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Suinocultor paranaense critica ampliação de custeio para R$ 60 mil

Segundo representante do setor, para o produtor ter acesso a esse dinheiro é praticamente impossível.

Redação (27/02/2009)- Durante a última semana, o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou medida que amplia o limite de custeio para a suinocultura de R$ 36 mil para R$ 60 mil. A intenção é atualizar o limite de crédito para o setor e aumentar os recursos no mercado. A medida, porém, é considerada insuficiente e tardia para o produtor. Quem analisa é o diretor do Sindicato Rural de Guarapuava e secretário da comissão técnica de suinocultura junto à Faep (Federação de Agricultura do Paraná), Wienfried Mathias Leh. Para ele, o crédito favorece apenas os pequenos produtores e, na da atual situação – de baixo preço do suíno e alto custo de produção -, não resolve o problema de crédito.

"Quando se fala do aumento de R$ 36 mil para R$ 60 mil é tudo muito bonito. Mas para o produtor ter acesso a esse dinheiro é praticamente impossível. Porque ele vai pedir a verba em situação de pré-insolvência e a documentação exigida para liberar o crédito demora de 3 a 6 meses. Até lá, ele vai fechar a porteira", observou. Leh, um dos maiores produtores de suínos do Paraná, acredita que deveria haver maior simplificação na obtenção do recurso, como ocorre na agricultura. "No caso do custeio da agricultura, o produtor faz o empréstimo e, com ou sem crise, recebe. Quando vem a crise, já tem condições de renegociar o passivo junto ao banco. E nem por isso deixa de receber o custeio novo".