Os criadores de suínos de Minas Gerais estão otimistas. Com preço estável e custo menor, eles aproveitam o bom momento para aumentar o lucro.
A alegria estampada no rosto do suinocultor Thiago Miranda, de Patrocínio, no alto Paranaíba, é o reflexo do bom momento que vive o setor. Desde o mês de março, ele está recebendo R$ 2,80 pelo quilo do porco vivo.
“Nesse momento, a gente está passando por um momento de preços fixos em que a gente está podendo planejar melhor o nosso negócio e também ganhar um pouco mais com isso”, afirma.
Além da estabilidade do valor recebido pelo quilo vivo, o que também está agradando aos suinocultores é a queda no custo de produção, que atualmente é quase 30% menor do que eles gastavam, no mesmo período do ano passado.
Thiago conta que em julho do ano passado o custo com a ração era de R$ 2,40. Hoje. o gasto é de R$ 1,90. “Esses insumos estando baixos, nós conseguimos aumentar o nosso faturamento e o nosso crédito em cerca de 20% a 30%. Então isso nos ajuda muito, estamos passando realmente por um momento muito bom da suinocultura”, comemora Thiago.
A explicação para essa queda no custos de produção é que o milho e a soja, que representam 70% da ração, estão em baixa. “O ano passado se comprava milho essa época a R$ 17. Nós tivemos milho de R$ 15, R$ 14,50… Então houve uma queda em torno de 30% no custo que favoreceu a atividade neste ano”, diz Caio Ferraz, superintendente da Cooperativa dos Produtores.
Em junho, as exportações brasileiras de carne suína tiveram queda, em volume, de 13% com relação a junho do ano passado. Mas, como o preço melhorou, o faturamento cresceu na mesma proporção: 13%.