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Suínos

Suinocultores otimistas no PR

<p>Criadores de suíno paranaenses têm boas perspectivas. Recuperação nos preços renovou a expectativa de um fim de ano de fartura.</p>

Para não abandonar a atividade o produtor Darci Backes refinanciou as matrizes e só agora consegue respirar mais aliviado. De R$ 1,80 o preço do quilo do suíno foi para R$ 2,25 em média, um aumento que, por enquanto, apenas cobre as despesas na granja.

“Hoje, eu tenho um lucro de cerca de R$ 6,00 a R$ 8,00. Quem tem uma produção média de 25 leitões por ano, ainda é muito baixo para se pagar um financiamento. Mas o financiamento foi pego com prazo. Então, acreditamos que a luz no fim do túnel está acesa e que o suíno melhore um pouco mais para os produtores conseguirem pagar seus financiamentos”, disse Backes.

Foram meses de preocupação para os suinocultores do Paraná. A gripe suína, a queda nas exportações e o alto preço dos insumos contribuíram para a queda no preço do suíno no começo do ano. Mas o setor começa a reagir. O custo de produção estável colaborou para isso.

“Com o equilíbrio da oferta de farelo de soja e de milho, o custo de produção hoje está praticamente estável. Eu diria que está mais ou menos equilibrado. Não tem excesso de oferte de suínos. Tudo isso levou para que nós tivéssemos essa pequena melhora no rendimento da suinocultura nacional”, explicou Leoclides Bisognin, vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Oeste do Paraná.

O motivo da alta se deve também à indústria que abastece os estoques para vender mais no final de ano, época de maior consumo. A expectativa é que o preço suba mais para que o produtor consiga cobrir o custo de produção e ainda lucrar mais com a venda dos suínos.

Com o aumento o criador Ivacir Cerutti passou a receber R$ 0,25 a mais na venda de cada leitão. Se o preço se mantiver assim pelos próximos três meses ele quita as dívidas. A esperança é boa para esse natal.

“Esperamos que esse final de ano seja bom para nós e para toda a nossa cadeia. E esperamos que o consumidor também comece a consumir mais para a gente ter um final de ano muito bom”, falou Cerutti.