Mesmo com a interrupção das compras de seu principal cliente externo – a Rússia – a suinocultura brasileira tem mostrado melhor desempenho no comércio internacional. De janeiro a setembro deste ano, o setor embarcou 37,93 mil toneladas a mais do que no mesmo período de 2011. Ao todo foram enviadas 428,1 mil toneladas da carne a nações consumidoras, contra 390,4 mil toneladas registradas no ano passado, alta de 9,7%. Ainda que supere a meta de 515 mil toneladas, o setor deve fechar o ano com volume exportado abaixo de 2010.
Além disso, o faturamento com as vendas externas não crescem na mesma proporção que os embarques. Dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) mostram que o setor arrecadou US$ 1,08 bilhão nos primeiros nove meses deste ano, contra US$ 1,06 bilhão em 2011, ou seja, as vendas retomaram o fôlego, mas a receita não. Com as limitações impostas pelos russos, sobrou carne suína no mercado nacional e, com isso, os preços médios recuaram 6,9% de janeiro a setembro.
Rasteira russa
16,2%. É quanto caíram as vendas externas de carne suína do Brasil para a Rússia nos primeiros nove meses deste ano em relação a 2011. País, que era o principal cliente brasileiro no mercado internacional suspendeu suas compras alegando problemas sanitários.