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Exportações

Suinocultura de SC prevê aumento nas exportações

Empresários e produtores acreditam que as vendas dos EUA e do México irão cair.

Apesar do alerta que a gripe suína lançou para o mundo, em Santa Catarina o clima é de otimismo. Empresários e criadores acreditam que a suspensão das compras de carne suína nos mercados fornecedores do México e dos Estados Unidos, onde foram identificados focos da doença, podem colocar o Estado na mira dos grandes importadores, como Rússia e China, o que dobraria as vendas externas catarinenses do produto.

Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, deve haver uma pequena redução inicial no consumo de carne suína. Mas ele acredita que, assim que ficar esclarecido que a gripe suína não atinge os animais nem é transmitida ao ser humano que ingerir a carne, o consumo deve voltar à normalidade. “Quando isso acontecer, o Estado será beneficiado. Porque os Estados Unidos vendem mais de 50% da carne suína consumida pela Rússia. E ela deve suspender as compras daquele país e voltar a comprar tudo do Brasil. Só isso pode dobrar as vendas externas brasileiras de carne suína. Como Santa Catarina é o maior produtor do país, será beneficiado”, explicou.

Mas Souza vai além. Aposta que a China, que já rompeu o acordo comercial com México e EUA, deve passar a importar carne suína do Brasil.

“O mercado da China já vem sendo trabalhado pelo setor. Era uma questão de detalhes finalizar os acordos. A gripe suína vai antecipar tudo”, estimou.

O plantel de Santa Catarina é de 6 milhões de cabeças de suínos com um abate de 650 mil animais por mês. Apenas para a Rússia, o Estado vende 350 mil toneladas. Souza projeta que as exportações para aquele país podem atingir um volume de até 700 mil toneladas.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, também afirmou que o Brasil pode se beneficiar da decisão da Rússia de suspender importações de carne suína do México, de alguns estados dos Estados Unidos e de quase toda a América Central por causa da gripe suína. Ontem, ele também defendeu a mudança do nome da doença. Para ele, seria melhor que os países que suspenderam compras voltassem atrás do que ganhar mercado graças a um equívoco.

“Não se trata de gripe suína. É uma gripe mexicana”, argumentou Camargo.