Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Suinocultura do Extremo Oeste apresenta custos reais de produção e agroindústria se sensibiliza

Com a apresentação dos custos reais de produção de suínos, a indústria entendeu a necessidade de reajuste aos produtores integrados e autorizou um aumento imediato de 10% sobre os valores dos acertos até o final do ano e mais 5% a partir de janeiro de 2016.

Suinocultura do Extremo Oeste apresenta custos reais de produção e agroindústria se sensibiliza

Uma grande iniciativa da Associação Catarinense de Criadores de Suínos contou com a importante parceria de Entidades como a Embrapa Suínos e Aves e Núcleo Regional de Criadores de Suínos do Extremo Oeste, foi realizada nos últimos meses. O trabalho das Entidades, diante de produtores da JBS, avaliou os reais custos de produção dos suinocultores na Região Extremo Oeste de Santa Catarina. E após um longo período de avaliações e pesquisa, os dados foram apresentados à indústria responsável pela integração, que se sensibilizou com as informações apuradas.

O levantamento real dos custos de produção de suínos da Região do Extremo Oeste iniciou em junho deste ano, através de visitas nas propriedades selecionadas (Seleção feita em comum acordo entre produtores e indústria). Recentemente, especialmente na última quinta feira (29/10),a ACCS e as Entidades promoveram uma reunião na sede da empresa JBS na cidade de Itapiranga para a apresentação dos resultados.

Com a apresentação dos custos reais de produção de suínos, a indústria, entendeu a necessidade de reajuste aos produtores integrados, devido aos dados apresentados e autorizou um aumento imediato de 10% sobre os valores dos acertos até o final do ano e mais 5% a partir de janeiro de 2016.

Durante os encontros uma Comissão de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (CADEC), foi criada para acompanhar as tratativas dos processos. Agora neste mês, os membros estarão reunidos para dar continuidade aos trabalhos e acompanhar a apuração dos custos. A CADEC terá a participação de produtores de todas as regiões que compreendem aquela unidade.

Para o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, este é um trabalho que deverá ser feito com todas as empresas em todas as regiões do Estado, tendo em vista os diferenças de preço dos insumos utilizados na produção. “Este resultado mostra que, quando o interesse é de bem comum , podemos sim chegar ao consenso sobre os custos e melhorar não só a remuneração, mas a qualidade do trabalho, trazendo melhores resultados na produção para a agroindústria e remuneração ao produtor. O trabalho da CADEC não será apenas de discutir custos, mas também avaliar os resultados, sendo que quem não estiver de acordo com as metas propostas, pode estar verificando o que poderá ser feito para que os resultados sejam melhores no próximo lote” descreve Lorenzi.

Na opinião do suinocultor Renato Reichert, presidente do Núcleo Regional de Criadores de Suínos, a proposta consolida o primeiro passo para um futuro diferente ao setor. “Ainda não estamos satisfeitos com o valor do aumento, mas acreditamos que foi já uma grande conquista. Hoje, é só fazer as contas, a suinocultura produz demais e não recebe ao menos o justo, as indústrias precisam ter essa informação, com dados reais, assim como a ACCS está fazendo”, completa Renato.