Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Suinocultura gaúcha tenta liberação russa para carne estocada

<p>Após o fim do embargo, estado quer convencer os russos da boa qualidade da carne Estocada.</p>

Redação SI (10/04/06)- A grande notícia para o setor suinícola gaúcho foi o fim do embargo russo às exportações do Rio Grande do Sul. Essa medida era considerada fundamental para conter a queda de preços constante que vem sofrendo a carne suína, depois do embargo de 56 países à carne suína brasileira, por causa dos focos de febre aftosa no MS e PR, devido a importância das compras da Rússia, quase 70% das exportações brasileiras. A receita proveniente das exportações já tinha caído mais de 14% em fevereiro e renderam apenas US$ 38 milhões em março deste ano, ou seja, 44% a menos do que em fevereiro passado. O problema é que a medida exclui a carne estocada que foi produzida durante o embargo.

Como geralmente as negociações com os russos são difíceis, o convencimento das autoridades daquele país de que as 60 mil toneladas de carne estocada nos frigoríficos gaúchos é segura em termos sanitários, vai exigir muito esforço. As autoridades brasileiras, no entanto, consideraram a medida insuficiente, visto que favorece só o RS. Os russos não estariam seguindo as regras da Organização Mundial de Saúde Animal OIE, nem as da Organização Mundial do Comércio OMC. Lideranças do setor, afirmam que eles estão sendo mais exigentes do que os europeus que seguem as regras da OMC, mantendo o embargo apenas para o Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, que é por onde saem as carnes do MS.

Segundo o acordo entre Brasil e Rússia, em caso do surgimento de febre aftosa, o embargo deveria atingir por dois anos apenas os estados que apresentaram surtos, e por um ano, os estados vizinhos. O mínimo que se esperava era a liberação de Santa Catarina, estado livre de febre aftosa sem vacinação. Para o RS, no entanto, apesar das restrições à carne estocada, a medida deve representar um alívio e está sendo vista como o princípio de uma abertura mais ampla, porque os preços na Rússia estão elevados e eles devem estar enfrentando problemas para encontrar fornecedores de carne, ainda mais depois que a Argentina reforçou as medidas que restringem as exportações de carne bovina. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS.