Os prejuízos no mercado independente de suínos em Santa Catarina têm ficado entre R$ 300 a R$ 350 por animal vendido, de acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi. O atual prejuízo que vem em seguida das perdas acumuladas ao longo de 2021 tem feito com que suinocultores catarinenses desistam da atividade ou migrem para o sistema integrado.
“Não fazemos uma crítica a nenhum modelo de comercialização, mas vemos que principalmente pequenos suinocultores que já não têm mais como aguentar o prejuízo e possuem dificuldade de obter crédito estão indo para a integração. É um sistema em que não se fatura muito no pico, mas também não se perde muito em crises”, pondera.
Segundo Lorenzi, atualmente 5% a 7% dos suinocultores catarinenses estão saindo do mercado independente para a integração, e em torno de 5 mil matrizes estão indo para o abate em uma tentativa do setor produtivo de “enxugar” a produção, uma vez que o mercado interno ainda patina na demanda e as exportações, que são extremamente dependentes da China, agora observam o gigante asiático mais afastado do mercado.
“Não se vê luz no fim do túnel a não ser que haja uma ação muito bem estruturada. Essas ações precisam partir tanto dos governos estaduais e Federal, quanto do setor varejista para que a gente consiga sair dessa crise”, disse.