Os rios e arroios de Marques de Souza, no Vale do Taquari (RS), engoliram também plantações e não deixaram de fora os animais. Na Granja Marquesa, ao menos 500 suínos, das raças landrace e large white, morreram afogados ou foram arrastados pelas águas, tamanha a força da correnteza e o volume, que aumentou com grande rapidez.
A contabilização, calculada em mais de R$ 1 milhão, veio amarga para a suinocultora Elma Karmen Scheuer, de 80 anos. “Tinhamos acabado de carregar os reprodutores e acontece essa tragédia”, diz. A senhora relata que a elevação do nível do Rio Forqueta foi tão rápida que quase levou o estoque de rações. “Faltou dez centímetros para entrar”, diz.
Na tarde de ontem, o Presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Luis Folador, visitou duas propriedades que foram devastadas pelas águas. Entre elas, a de Elma.
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Aflição, estragos e prejuízos
Para tentar salvá-los, os animais foram levados para uma elevação ao lado da casa de Elma. “Aqui, antes, era tudo tão florido e gramado”, mostra. Ela compara o resgate dos animais a uma cena de terror. “Fiquei com água até o pescoço. Tinha momentos que achava que estivesse tendo um pesadelo. Foi horrível. Mas, graças à Deus, ninguém se feriu”, declara.
Ainda, segundo a priprietária da granja, que está no local desde 1956, jamais ocorreu uma enchente destas proporções. “É difícil passar por uma situação dessas. Sem dúvida, vamos levar uns 4 ou 5 anos para recuperar os prejuízos (perdas de animais e estrutura),” desabafa.
Já em outra granja, localizada nas proximidades da cidade de Travesseiro, também no Vale do Taquari, outro suinocultor, integrado da Doux Frangosul, também teve muitos prejuízos. Sua granja foi praticamente destruída, pois pouco de sua estrutura poderá ser reaproveitada. Segundo o proprietário, das 1.000 matrizes que tinha, perdeu 500.
Confira imagens das duas granjas atingidas pelas águas. Clique aqui (role até o final da notícia).
