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Exportações

Suínos e aves buscam expandir exportações aos emergentes

Com a meta de atingir a soma de 225 mercados nos próximos dez anos, os setores de suínos e aves agora buscam expansão nos países emergentes.

Suínos e aves buscam expandir exportações aos emergentes

Com a meta de atingir a soma de 225 mercados nos próximos dez anos, os setores de suínos e aves agora buscam expansão nos países emergentes. Nesta semana, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, participou do VI Encontro da Cúpula do Brics e debateu demandas distintas. As vendas de proteína animal corresponderam a 9,5% do total de exportação do agronegócio no primeiro semestre deste ano.

Para Turra, o bloco econômico que compreende Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul possui estilos importantes de mercado para exportação de produtos nacionais. “Mandamos um ofício para o Itamaraty para que o governo colocasse em pauta as demandas do setor de proteína animal e se fizessem discussões com cada país”, explica.

Aos chineses, foi solicitada a agilização na abertura de sete plantas frigoríficas de aves e uma de carne suína ainda neste ano.

Segundo a associação, os locais já foram visitados em 2012 e foi tratada a viabilização de novas missões para habilitação de outras unidades.

Entre os meses de janeiro e junho, o gigante asiático respondeu pelas compras de 106 mil toneladas de frango brasileiro, através de 29 plantas exportadoras.

A questão de tarifa de embarque também foi debatida durante o encontro. “A Índia é o maior produtor de bovino do mundo. Existem 300 milhões de indianos comendo carne, mas nunca acessamos com aves porque a tarifa é impraticável”, critica Turra.

No caso de cortes e processados, as tarifas de exportação indianas chegam a 100%.

Sobre a África do Sul, a ABPA tem negociado a reversão do aumento das tarifas na carne de frango, que passou de 27% para 82%, e impactou negativamente nos embarques entre janeiro e maio deste ano. A medida prejudicou em 16% o volume das vendas externas e 51% em receita.

Com relação à Rússia, a entidade propôs o aprimoramento dos sistemas de exportações existentes, com o objetivo de dar maior autonomia às autoridades brasileiras quanto à indicação de plantas industriais que atendam os requisitos técnicos da União Aduaneira – a qual o país faz parte.

Os russos foram os principais importadores de suínos brasileiro no acumulado de 2014, respondendo a 36% das exportações até junho.

Segundo o vice-presidente do segmento de aves da ABPA, Ricardo Santin, atualmente, o Brasil exporta aves para 155 países e suínos para 70. “O objetivo é atingir 80 mercados para suínos e 170 para aves no período de dez anos”, estima.

Na avaliação de Turra, o encontro com representantes do Brics foi positivo e deve refletir em bons resultados a longo prazo.

As exportações brasileiras de carne de frango (inteiro, cortes, processados e salgados) entre janeiro e junho deste ano apresentaram alta de 0,6% em relação ao mesmo período de 2013, totalizando 1,902 milhão de toneladas. Em receita, houve queda de 9,2% segundo a mesma comparação, com US$ 3,717 bilhões.

“O excesso de chuvas na Região Sul, ocorridas no final do semestre, impediram o embarque de navios e brecou 30 mil toneladas de frango, que só serão contabilizados para julho”, diz Santin.

No suíno, o Brasil exportou 235,858 mil toneladas, obtendo US$ 698,86 milhões, queda de 1,94% no volume e aumento de 10,89% na receita em comparação com o primeiro semestre do ano passado. “Problemas de sanidade reduziram a oferta no mercado externo e geraram a elevação de 56,93% no preço médio”, afirma o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Vargas.

Para este semestre, as perspectivas são positivas com a preparação para as festas de fim de ano.