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Suínos: exportações podem ser suspensas

Grande produtor de suínos terminados, Xanxerê deve perder o certificado de zona livre de Aujeszky, documento emitido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE).

Redação SI 07/11/2003 – 05h40 – O primeiro reflexo da presença de Aujeszky é a imediata suspensão das exportações de carne suína. Grande produtor de suínos terminados, Xanxerê deve perder o certificado de zona livre da doença, documento emitido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). Em princípio, a entidades deve manter a certificação ao Estado, uma vez que a doença teria sido localizada e isolada. Caso contrário, Santa Catarina pode enfrentar novos problemas com a exportação das 350 mil toneladas de carnes e derivados vendidas anualmente para a Rússia, Argentina e Hong Kong.

Profundo conhecer do assunto, Enori Barbieri acredita apenas que Xanxerê vai perder a condição de município exportador. O dirigente sindical admite prejuízos, mas lembra que a reação do mercado nacional poderá amenizar os impactos das perdas. “O mercado interno está pagando praticamente o mesmo valor dos importadores, cerca de US$1000 a tonelada de carcaça”, explica ele.

A má notícia para a economia catarinense surge às vésperas de um aniversário que os suinocultores não pretendem comemorar. No dia 24 de dezembro faz um ano que o foco de Aujeszki estourou em Santa Catarina. As exportações catarinenses, especialmente para Rússia, foram suspensas até abril deste ano, quando finalmente o Estado comprovou estar completamente livre da doença.

O governo catarinense enviou um atestado de saúde animal, no final do mês de fevereiro, mostrando que a doença no rebanho local estava erradicada, após um trabalho de campo que eliminou o vírus. Técnicos sanitários da Rússia comprovaram a autenticidade dos documentos e deram o sinal positivo para a retomada da compra da carne catarinense.

Até o final de 2002, 80% da carne suína exportada pelo Brasil para a Rússia era produzida em Santa Catarina. Com a liberação para a compra, o governo russo decidiu inovar. As cotas dos países exportadores foram limitadas para as compras de carnes suína e bovina. (LA)