A proposta de redução para 250 mil toneladas da cota de importação de carne suína pela Rússia valerá a partir da entrada do país na Organização Mundial do Comércio (OMC). A Rússia propõe reduzir de 470 mil toneladas para 250 mil toneladas sua cota de importação, o que ocorreria com sua entrada na OMC.
Neste ano, a cota total foi de 470 mil toneladas e o volume será mantido no próximo ano, diferentemente do que informou ontem o Valor.
Os russos vêm negociando uma oferta de cota com os países exportadores. A redução não agradou ao Brasil, que atualmente exporta para a Rússia dentro da cota “outros”, de 190 mil toneladas, e também fora da cota. A avaliação é de que a proposta pode significar um retrocesso nas negociações da Rússia para entrar na OMC.
Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, afirmou que o Brasil não deve aceitar a proposta de redução da cota global pela Rússia. Acrescentou que o governo brasileiro já manifestou seu descontentamento com o país.
A Rússia é o principal cliente do Brasil e importou até outubro deste ano um volume de 206,6 mil toneladas, ou 44,73% do total embarcado pelo país. Em receita, as vendas somaram US$ 565,135 milhões, uma fatia equivalente a 49,85% do total obtido com as vendas externas de carne suína, de acordo com estatísticas da Abipecs.