A paralisação de caminhoneiros volta a preocupar o setor de proteína animal, que já enfrentou esse mesmo tipo de protesto no primeiro semestre e também greve dos fiscais agropecuários em setembro. Podem ocorrer problemas no transporte e na comercialização tanto de insumos quanto de animais vivos e de carnes.
Segundo pesquisadores do Cepea, para o mercado suinícola, a questão é especialmente grave porque pode dificultar o escoamento da carne neste momento em que está competitiva frente à bovina e de frango. Além disso, nas próximas semanas, atacadistas devem iniciar a formação de estoques para o final do ano. Do lado produtor, atrasos na entrega dos principais insumos utilizados na alimentação de suínos e aves (milho e farelo de soja) podem prejudicar a engorda dos animais e/ou elevar os custos de produção.
Entre os frigoríficos, o receio é que, com possíveis atrasos no recebimento de suínos para serem abatidos, as vendas venham a se concentrar num mesmo período, elevando estoques e pressionando os valores.