Ao mesmo tempo em que precisa acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar exportar frango para a Indonésia, o Brasil consegue um superávit de US$ 2 bilhões por ano vendendo principalmente alimentos para os Emirados Árabes Unidos, pequeno país de 8 milhões de habitantes.
Na rede de supermercados da Abu Dhabi Coop, carrinhos de compra trazem propaganda da marca Sadia. A BRF, controladora da marca, vai inaugurar uma fábrica para processamento de alimentos no dia 26 de novembro nos Emirados, visando atender todo o Oriente Médio. Produto da JBS também tem publicidade no país.
“Temos que dar mais atenção a esse país, que gera muito benefício para nossas empresas”, afirma o embaixador brasileiro nos Emirados, Paulo Cesar Meira de Vasconcellos.
Em 2013, o Brasil exportou US$ 2,579 bilhões aos Emirados Árabes Unidos, enquanto importou US$ 600 milhões. Este ano, até setembro, o superávit com o país é de US$ 1,682 bilhão. Além de alimentos, empresas de outros setores também apostam nos Emirados. A Odebrecht participou da expansão do aeroporto de Abu Dhabi e constrói rede de esgotos na cidade. A Marcopolo busca vender ônibus. Os Emirados exportam para o Brasil principalmente produtos petroquímicos.