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Técnica ativa exportação de frango

Um dos principais fatores do aumento das exportações de aves do Brasil deve-se a um rigoroso controle de doenças, qualidade e higiene dos produtos.

Redação AI 22/11/2002 – A sanidade do rebanho nacional foi um dos principais enfoques do 4o. Simpósio Técnico de Matrizes de Corte, encerrado ontem em Chapecó. O coordenador do evento, Bento Zanoni, disse que um dos objetivos do encontro é atualizar profissionais sobre medidas de biossegurança que garantam qualidade da produção nacional.

O vice-presidente de sanidade da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ricardo Soncini, afirmou que um dos principais fatores do aumento das exportações de aves do Brasil, que hoje ocupa a segunda posição no mercado mundial, deve-se a um rigoroso controle de doenças, qualidade e higiene dos produtos.

Neste ano, o Brasil deve exportar 1,5 milhão de toneladas de aves, 20% a mais que 2002. Só em setembro foram 245 mil toneladas, 119% a mais que em setembro de 2001. Soncini destacou que o Brasil não tem registro de Influenza e possui zona livre de Newcastle, as duas principais doenças internacionais que barram exportações. Além disso, países como EUA, México, Europa e Chile registram problemas de sanidade.

Aliado ao baixo custo, o frango brasileiro se torna muito atraente, conquistando mercados exigentes como Japão, Europa e Canadá, apesar da pressão norte-americana. Soncini avaliou que é necessário manter os cuidados e procedimentos para evitar que estas doenças possam ser trazidas de fora para o país.

Entre os procedimentos, estão a quarentena de material genético importado. Além disso, o acesso às granjas de matrizes é restrito. Mesmo quem tem acesso não pode visitar outras criações ou incubatórios e passa por banhos e roupas desinfectadas.

Outra medida das agroindústrias brasileiras é a adoção de procedimentos de Controle de Pontos Críticos e Ambientes de Riscos. Soncini diz que a expansão brasileira afeta os Estados Unidos e resta ao país defender-se das pressões, como na questão canadense, que sofreram pressão dos americanos.