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Tendências de Mercado - Por Ferreira Júnior

Diante das últimas noticias na economia mundial, não poderiam ser diferentes as interferências diretas e indiretas no mercado de carne suína.

Tendências de Mercado - Por Ferreira Júnior

Diante das últimas noticias na economia mundial, não poderiam ser diferentes as interferências diretas e indiretas no mercado de carne suína.

Países da UE se aproveitam da alta demanda por carne suína para precificar o produto de acordo com os custos de produção. Segundo previsões da Associação de Suinocultores da Alemanha (ISN), o preço dos suínos vai subir visivelmente, no entanto, o consumo seguirá aquecido, pois a demanda é forte e constante. O aumento mais significativo será o do suíno da Itália, que até o momento tinha o preço mais baixo da UE. Na França, Suécia e Espanha, os preços continuarão estáveis, pois já eram os maiores. Atualmente, o preço mais baixo de suínos é o da Dinamarca e os mais altos são os da Espanha e da França, respectivamente.

De acordo com o relatório de estimativas de consumo do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) publicado no início do mês de abril, a demanda mundial por carne suína vai aumentar 7% em 2011. Os países com potencial para importar carne suína da UE são a Coréia do Sul, que apresenta uma epidemia de aftosa, a China, o Japão, abalado por desastres naturais em março, e a Rússia, cuja expansão prevista para o setor foi descartada, pois o país sofre com a escassez de água para a produção de insumos.

A China já é o maior parceiro comercial do Brasil (fluxo comercial de US$ 56,3 bilhões em 2010) e também o maior investidor (US$ 17,17 bilhões em 2010), sendo que 70% das exportações brasileiras (US$ 30,7 bilhões) foram de commodities. Para a carne suína, a abertura do mercado chinês pode ser uma oportunidade histórica. A China é a maior produtora e consumidora de carne suína do mundo – seu consumo é da ordem de 50 milhões de toneladas por ano- e, embora seja na quase totalidade abastecida por produção interna, a conquista de fração de suas importações (deve importar 480 mil toneladas em 2011), representaria a tão sonhada diversificação de mercados (hoje, nossas exportações são excessivamente concentradas na Rússia), além é claro, de crescimento significativo dos volumes embarcados.

No mercado interno as cotações da carne suína seguem sem grandes alterações, em São Paulo (SP), verifica-se preço médio em R$ 50,00/@ = R$ 2,67/Kg vivo, condições bolsa (posto frigorífico com 21 dias no pagamento). O mercado de carcaça sinaliza preços variando em média de R$ 4,00 a R$ 4,20/Kg no mercado atacadista. Já em relação a grãos a novidade é pequena queda tanto no preço do milho como no farelo de soja. Na região de Bragança Paulista criador realizou negócios em R$ 27,00/Saca de milho no dia de ontem.

Por Valdomiro Ferreira Junior, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)

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