“Temos trigo suficiente para o abastecimento interno até que a nova safra comece a ser colhida, em agosto”. A afirmação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ao comentar, nesta quinta-feira (18), a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de não incluir o produto na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC). Com isso, as importações de trigo de países que não fazem parte do Mercosul continuarão taxadas em 10%.
Segundo Stephanes, cálculos do Ministério da Agricultura apontam que há estoque suficiente para matéria-prima com as cooperativas, a indústria e o governo até a colheita, que começa no final de agosto. “Qualquer importação que se faça agora, além das necessidades, vai impactar negativamente a comercialização da produção nacional”, esclareceu.
O ministro disse que é preciso evitar o que aconteceu no ano passado, quando, no início da safra, os preços internos ficaram abaixo do preço mínimo oficial, por conta da queda dos preços externos e da existência de estoque nos moinhos. Na ocasião, o estoque foi resultado de importações favorecidas pela redução temporária no imposto sendo necessário apoio do governo para comercialização, em montante superior a R$ 200 milhões.