Redação AI (28/08/06)- O Brasil vai se reunir, em 13 de setembro, com representantes da União Européia, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, para tratar das cotas e tarifas extra-cotas que o bloco europeu pretende impor às importações de carne de frango do País. “Esperamos que as perdas sejam as menores possíveis”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), Ricardo Gonçalves.
A União Européia pretende impor tarifas de 1.300 por tonelada de carne de frango salgada e de 1.024 por tonelada de frango industrializado e de peru para volumes importados além das cotas que serão definidas. As tarifas vão se sobrepor às taxas já incidentes de 15,4% sobre frango salgado, 10,4% sobre frango industrializado e 8,5% sobre peru. “Não sabemos se vamos continuar competitivos nas exportações para a União Européia”, diz Gonçalves. Segundo a Abef, os embarques de frango industrializado para a União Européia cresceram 70% de janeiro a julho, para 57 mil toneladas.
No fim de junho, a União Européia revisou a classificação dos cortes de frango salgado importado no Brasil, que vinham sendo taxados como frango congelado, cuja taxa é de 75%. A mudança, conforme determinação da OMC, implicou na retomada da tarifa de 15,4% sobre o produto. O painel para negociação na OMC sobre a classificação dos cortes de frango congelado salgado foi estabelecido em 2003. A OMC concedeu parecer favorável ao Brasil em 2005.