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Estados Unidos

USDA nega pedido para aumento de velocidade no processamento de aves

Atualmente, a velocidade na maioria das unidades de processamento está limitada a 140 aves por minuto

USDA nega pedido para aumento de velocidade no processamento de aves

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) negou um pedido do Conselho Nacional do Frango para que frigoríficos possam processar mais de 175 aves por minuto. De acordo com o Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos (FSIS) do USDA, a solicitação do grupo que representa companhias do setor nos EUA não conseguiu demonstrar que os fiscais conseguiriam inspecionar as carcaças de forma eficaz em velocidades acima de 175 aves por minuto.

Atualmente, a velocidade na maioria das unidades de processamento está limitada a 140 aves por minuto. O FSIS observou, no entanto, que pretende estabelecer critérios para que essas unidades possam processar até 175 aves por minuto, contanto que demonstrem como vão abordar a questão da segurança alimentar e cumpram outros requisitos.

A United Food and Commercial Workers International Union, que representa funcionários de frigoríficos, considerou a decisão do USDA uma vitória. A organização e grupos de defesa do consumidor se opõem ao aumento da velocidade nas linhas de processamento, alegando que isso representaria mais riscos para a segurança alimentar e dos funcionários.

Esses grupos demonstraram preocupação com a possibilidade de o USDA autorizar algumas unidades a processar até 175 aves por minuto. Eles alertam que o aumento da velocidade vai elevar o risco em tarefas que já são conhecidas pelos altos índices de cortes, infecções e lesões causadas por movimentos repetitivos.

Em setembro, o presidente do Conselho Nacional de Frango, Michael Brown, disse que uma eventual mudança não afetaria a segurança alimentar, e poderia até melhorá-la. Ele sugeriu que as companhias poderiam contratar mais funcionários, automatizar algumas tarefas e alterar o desenho das plantas para garantir a segurança dos funcionários. O grupo argumenta ainda que muitas das tarefas mais rápidas seriam realizadas por máquinas e que o índice de doenças e lesões no setor diminuiu 81% entre 1994 e 2015. Além disso, diz que uma maior eficiência das plantas ajudaria os EUA a reconquistar mercados que foram perdidos para concorrentes como o Brasil.