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Artigo

Utilização de ractopamina na dieta de suínos

Camila Oliveira Silveira, Ronaldo Oliveira Silveira, Cíntia da Cunha Abreu, Mariana Costa Fausto

Utilização de ractopamina na dieta de suínos

O Brasil se destaca como grande exportador de carne suína, e a perspectiva para os próximos anos é que a demanda aumente ainda mais. A deposição excessiva de gordura na carcaça de suínos constitui um risco de saúde para os consumidores. Nesse contexto, a compreensão do metabolismo lipídico e os mecanismos pelos quais é regulado têm ajudado no desenvolvimento de estratégias cada vez melhores capazes de modificar a deposição de gorduras nos diferentes tecidos animais e, assim, melhorar a qualidade da carne produzida (CALIXTO, 2012).

Nesse contexto, o desenvolvimento de linhagens genéticas magras, de crescimento rápido e mais eficiente, combinado com a adoção de novas tecnologias, como os modificadores de carcaça (somatotropina suína e ractopamina), resultou no aumento de peso ao abate, sem prejuízo do teor de tecido magro na carcaça e na eficiência alimentar (HAESE & BUNZEN 2005). A Ractopamina (RAC), amplamente pesquisada nos últimos 20 anos, é um aditivo utilizado na produção de suínos, sendo classificada como agonista de receptores β-adrenérgicos e utilizada como melhorador de carcaça em suínos, por proporcionar melhor relação carne/gordura. Esta é adicionada nas rações de suínos em fase de terminação e ao alcançar o tecido adiposo pode se ligar aos receptores de agonistas β-adrenérgicos e assim aumentar as taxas de lipólise e diminuir a atividade de enzimas lipogênicas no tecido adiposo, além de acarretar o aumento da massa muscular esquelética por meio da hipertrofia celular (SCHINCKEL et al., 2001).

Mercado Mundial

O mercado consumidor mundial está cada vez mais preocupado com aspectos relacionados à sua saúde, principalmente no que diz respeito aos alimentos consumidos. Nesse sentido, os produtores se veem cada vez mais preocupados em produzir não só maior quantidade de carne, mas também carnes com maiores teores de tecido magro.

O desenvolvimento de linhagens genéticas magras, de crescimento rápido e mais eficiente combinado com a adoção de novas tecnologias, principalmente as relacionadas com a nutrição, tem resultado em aumento do peso ao abate sem prejuízo ao teor de tecido magro na carcaça e na eficiência alimentar. Os repartidores de energia β-adrenérgicos vêm ganhando grande destaque dentre os aditivos alimentares utilizados com esta finalidade, os quais podem ser representados pela ractopamina, pST, cromo entre outros (SANCHES, 2009).

No Brasil, por meio da Portaria n° 1179, de 17 de junho de 1996, aprovouse a utilização de RAC em rações comerciais de suínos em terminação (BRASIL, 1996). Desde então, tem-se a disposição uma alternativa para potencializar o desempenho e a produção de carne desses animais, beneficiando assim todos os componentes da cadeia produtiva. Este aditivo tem como função modificar o metabolismo animal agindo principalmente nas células adiposa e muscular, alterando a partição de nutrientes, desviando-os para funções zootecnicamente desejáveis, ou seja, promovendo o crescimento e a deposição de tecido magro e reduzindo a síntese lipídica dos animais sem, no entanto, afetar na deposição de outros tecidos do organismo do animal (BRIDI et al. 2002).

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