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Vaca louca esquenta mercado de frango

A estimativa da Abef é que o incremento deste ano possa chegar a 30%.

Redação AI (22/03/2001) – As exportações brasileiras de frango cresceram 38,80% nos primeiros dois meses do ano em relação ao mesmo período e a Europa foi o continente que registrou o maior incremento: 214,34%. O mal da vaca louca e mais recentemente a febre aftosa podem estar por trás de tal desempenho.

      A estimativa da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef) é que o incremento deste ano possa chegar a 30%. Em 2000, o setor comercializou com o exterior US$ 810 milhões em frangos, sendo 30% para a Europa.

      Com o incremento das vendas externas, crescem também as perspectivas para o mercado interno. ´O aumento das exportações pode favorecer o ganho de novos mercados´, afirma Paulo Padrão, gerente financeiro da Só Frango. A empresa deverá produzir 50% a mais que em 2000. Para isso, solicitou o financiamento de R$ 5 milhões do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), destinados, sobretudo, a aumentar a capacidade de resfriamento e congelamento.

      Padrão diz que, em uma segunda etapa, em abril de 2002, a produção pode crescer ainda mais 50%. Atualmente a empresa produz 450 mil aves por semana, consumidas em Brasília (50%), Goiânia (30%), Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Com a maior produção, a indústria espera abocanhar novos mercados no Norte e Nordeste.

      Mesmo com uma produção pequena, a Frango Bom Gosto, deverá registrar aumento de até 25% na produção este ano. ´Acredito que as maiores empresas serão as mais beneficiadas´, diz Fernando Colcerniani, técnico de produção da empresa. Mas, em sua avaliação, com o aumento de renda e de exportação, o consumo interno deve crescer. A indústria produz quatro mil pintos por dia, tudo consumido no Distrito Federal. Apesar de ter capacidade para 10 mil unidades/dia, Colcerniani espera chegar ao segundo semestre com uma produção de cinco mil animais por dia.