O Valor Bruto da Produção (VBP) dos principais produtos agrícolas deve alcançar neste ano o recorde de R$ 272,15 bilhões, montante 18,2% superior ao estimado para o ano passado. O bom desempenho foi impulsionado principalmente pela colheita da safra recorde de soja, que proporcionou um aumento de R$ 11,844 bilhões (+17,2%) no valor da produção da oleaginosa, estimado para este ano em R$ 80,609 bilhões.
Os cálculos são da Coordenadoria de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura e levam em conta a estimativa de safra de junho do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) e os preços levantados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
Outro produto que se destaca é a cana-de-açúcar. A previsão de aumento de R$ 4,059 bilhões (+17,2%) no valor produto de produção da cana, que foi estimado pelo Ministério da Agricultura em R$ 48,094 bilhões. Em terceiro lugar ficou o milho, cujo valor da produção deve crescer 11,3% (R$ 3,753 bilhões) e atingir neste ano R$ 37,051 bilhões.
Os cálculos da coordenadoria de planejamento do Ministério da Agricultura indicam que a renda do setor citrícola deve se recuperar e atingir valor recorde neste ano. As estimativas são de aumento de R$ 6,258 (+44,4%) no valor bruto da produção de laranja, estimado em R$ 20,362 bilhões.
Pela primeira vez na série histórica da coordenadoria o valor bruto da produção de laranja supera o do café, que cai de quarto para quinto lugar no ranking dos principais produtos. A estimativa para este ano é de queda de 26% (R$ 5,048 bilhões) na renda do café, estimada em R$ 14,341 bilhões.
Outro produto que apresenta queda significativa de renda neste ano é o algodão, reflexo da retração na área plantada e queda na produção. A estimativa é de diminuição de R$ 3,724 bilhões (-31,9%) no valor bruto da produção de algodão, estimado em R$ 7,968 bilhões.
O tomate ainda ocupa o sexto lugar entre os produtos de maior renda, em virtude da alta de preços registrada no primeiro semestre deste ano, provocada por problemas climáticos. A estimativa é de crescimento de 65,3% (R$ 4,015 bilhões) no valor bruto da produção de tomate para R$ 10,165 bilhões.
No caso do feijão, que registra queda de produção nesta safra, por causa de perda de área para a soja e milho, a estimativa é de aumento de 7,5% na renda, estimada em R$ 8,278 bilhões. A banana também está entre os dez principais produtos, com valor bruto da produção estimado em R$ 10,156 bilhões (+9%). A renda do arroz deve crescer 6,9% para R$ 7,937 bilhões e a projeção para o trigo é de aumento de 203% para R$ 3,8 bilhões.