Da Redação 03/08/2004 – 06h19 – O índice de preços recebidos (IPR) pelos produtores agropecuários paulistas, pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado – encerrou o mês de julho com variação negativa de 1,64%, 3,88 pontos percentuais a menos que em junho.
Nelson Martin, diretor do IEA, previa queda de 3% (seria o maior recuo desde abril de 2002), mas, principalmente em razão das altas do tomate (53,51%), cebola (34,15%) e batata (27,06%), que estão com menor oferta neste 2004, o tombo foi contido. Também colaborou a menor pressão das baixas de commodities como soja, milho, trigo e algodão no mercado externo na última semana do mês.
Ainda assim, foi a maior retração mensal do IPR desde janeiro deste ano (1,99%), provocada pelo grupo de produtos de origem vegetal, que, em média, caiu 2,52%. No grupo de produtos de origem animal, com demanda interna e externa aquecida e com entressafra do boi no país, houve alta de 0,05% em julho. Para agosto, Martin estima leve variação do IPR, mas em terreno negativo. Ele prevê pressão baixista das cotações internacionais das commodities sobre o índice, mas pressão altista da entressafra do boi e dos grãos.
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Paulo Picchetti, coordenador da pesquisa do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), projeta estabilidade dos preços do grupo alimentos em agosto. Em julho, o grupo ajudou a pressionar o indicador para baixo.
Ver mais em www.iea.sp.gov.br e em www.fipe.com
