O crescimento da agricultura brasileira no ano passado e junto com ela o do mercado de defensivos agrícolas foram dois fatores que colaboraram para o crescimento da DuPont no Brasil. Em 2010, a subsidiária brasileira do grupo americano teve um faturamento total de US$ 1,8 bilhão, desempenho 20% superior ao ano anterior. Desse total, 52% da receita foram provenientes das vendas de produtos para agricultura, o que engloba os negócios de defensivos, sementes e também de nutrição alimentar.
Apesar de não informar separadamente o resultado de cada um de seus negócios, o vice-presidente executivo da DuPont e responsável pelos negócios agrícolas do grupo, James Borel, afirma que as oportunidades de crescimento existem em todos os mercados. “O Brasil é um país-chave para nós e onde a agricultura tem um peso grande. Com isso, tanto o mercado de defensivos quanto o de biotecnologia e sementes passam a ser relevantes, já que ambos têm potencial de crescimento”, diz Borel.
Para justificar essa perspectiva, o executivo cita como exemplo o interesse do agricultor brasileiro em elevar a produtividade de suas lavouras e também as oportunidades que surgem no segmento de defensivos com o aparecimento de culturas resistentes ao glifosato.
“Temos um grande pipeline [previsão de lançamentos] de produtos para os próximos seis anos”, afirma. O lançamento de um inseticida novo para cana-de-açúcar no ano passado e a obtenção da licença para um novo herbicida, também para cana, que chega ao mercado este ano, são exemplos dessa estratégia.
“Temos muitos produtos, para praticamente todas as culturas sendo lançados, mas nossas pesquisas em biotecnologia também estão avançando”, afirma Ricardo Vellutini, presidente da DuPont Brasil, mencionando a inauguração do laboratório para fabricação do biobutanol a partir da cana.