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Vendas do agronegócio aos árabes cresceram 35%

<p>As exportações totais do Brasil para os árabes renderam US$ 636,2 milhões, ou seja, os produtos agropecuários responderam por 71,9%.</p><p></p>

Redação (22/08/06)- As exportações do agronegócio brasileiro aos países árabes renderam US$ 457,4 milhões em julho, um aumento de 35,5% em comparação com os US$ 337,5 milhões do mesmo mês de 2005. Em relação a junho deste ano, quando os embarques somaram US$ 366 milhões, o crescimento foi de quase 25%. Os dados obtidos pela ANBA são do Ministério da Agricultura. No mês, as exportações totais do Brasil para os árabes renderam US$ 636,2 milhões, ou seja, os produtos agropecuários responderam por 71,9%.

Mais uma vez, as vendas para a região cresceram mais do que o total das exportações nacionais. Em julho, o agronegócio brasileiro embarcou o equivalente a US$ 5,2 bilhões, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. “E a comparação se dá sobre um mês em que o resultado já foi excelente”, disse o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Antonio Sarkis Jr. Em junho do ano passado, as exportações agropecuárias aos árabes cresceram 43% frente ao mesmo mês de 2004.

Os principais destinos das mercadorias agropecuárias na região foram Egito (US$ 109,8 milhões, um crescimento de 36,9%), Emirados Árabes Unidos (US$ 99 milhões, mais 134,8%), Arábia Saudita (US$ 75,6 milhões, mais 18,8%), Argélia (US$ 38,2 milhões, mais 5,3%) e Iêmen (US$ 25,6 milhões, mais 54,8%).

Os mercados que mais cresceram na comparação entre julho do ano passado e julho deste ano foram Sudão (US$ 3,2 milhões, mais 216%), Emirados, Iraque (US$ 15,5 milhões, mais 125%), Ilhas Comores (US$ 176 mil, mais 123%) e Mauritânia (US$ 6,3 milhões, mais 116%). Destaque para as compras dos Emirados, que já era um comprador tradicional do Brasil entre os países árabes.

“Além da preparação para o Ramadã, que ocorre nesta época, os produtos brasileiros estão ganhando mais mercado”, acrescentou Sarkis. É costume entre os comerciantes da região reforçar os estoques nos meses que antecedem o Ramadã, que este ano começa no final de setembro. Embora durante este período os árabes muçulmanos fiquem em jejum durante o dia, comem bastante à noite. Além disso, o mês sagrado é seguido por festas. As principais mercadorias embarcadas em julho foram açúcar, carne bovina, carne de frango e soja.

Acumulado
De janeiro a julho, as vendas do agronegócio para a região renderam US$ 2,1 bilhões, um aumento de 15,5% em relação aos US$ 1,8 bilhão do mesmo período do ano passado. Os principais produtos comercializados também foram açúcar, carne bovina, carne de frango e soja. As mercadorias agropecuárias responderam por 63% do total de US$ 3,3 bilhões exportado pelo Brasil aos árabes no ano.

Os maiores mercados nos primeiros sete meses do ano foram Arábia Saudita (US$ 446,7 milhões, com um aumento de 10,5%), Egito (US$ 416 milhões, mais 35,3%), Emirados (US$ 330 milhões, mais 44,8%), Argélia (US$ 195,4 milhões, menos 0,13%) e Marrocos (US$ 153 milhões, menos 6,7%).

Os destinos que mais cresceram foram Iraque (US$ 45,8 milhões, mais 436%), Sudão (US$ 9,8 milhões, mais 284%), Dijibuti (US$ 5,2 milhões, mais 271%), Somália (US$ 45,3 milhões, mais 168%) e Ilhas Comores (US$ 1,3 milhão, mais 105%).